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Série Gauchíssimo nº 17

Gravadora: Galpão Crioulo Discos - ORB-3308


Músicas

Lado A - 01 - Minha Vivenda

Intérprete: Gildo de Freitas

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Eu moro mesmo ali na beira da mata
Eu tive gosto pra fazer o meu ranchinho
Eu me acordo com a linda serenata
Tão melodiosa do o cantar dos passarinhos
E todos acham que eu tive muito gosto
Para fazer uma morada tão bonita
Eu tenho lá um macaco pulador
Um papagaio falador
E uma linda caturrita

A caturrita eu chamo ela de cocota
Ela responde papai, papai
Meu papagaio conta alguma lorota
E o macaco pulando me distrai
Tenho por vicio levantar de manhã cedo
Acariciar sempre ele é meu costume
Enquanto estou acariciando a caturrita
Os outros dois quase morrem de ciúme

Tenho um viveiro cheio de passarinhos
Que pego xucro mas não é por ser ingrato
Pego o xucrinho para eles ter descanso
Depois de manso solto todos no meu mato
E vou levando uma vida assim de anjo
E peço a Deus nessa vida não dar fim
Me aclimatei com o cantar dos passarinhos
Que depois que tão mansinhos cantam pra mim
Me aclimatei com o cantar dos passarinhos
Que depois que tão mansinhos cantam pra mim

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Lado A - 02 - Definição do Grito

Intérprete: Gildo de Freitas

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Uma vez num outro estado me pediram informação
Pelo quê que no Rio Grande todo gaúcho é gritão
Bem ali no pé da letra já lhe dei explicação
São tradições do estado pra quem foi acostumado
a gritar com a criação.

Assim mesmo não são todos do falar agritalhado
O gaúcho da cidade tem o falar moderado
Na campanha é que há razões de falar mais alterado
Isto são coisas da vida pra quem se criou na lida sempre
gritando com o gado.

Quem se criou na campanha saltando de madrugada
Obedecendo o patrão e pondo a tropa na estrada
Quem quiser ver coisa feia é uma tropa estourada
É ali que eu acredito que a gente não dando uns grito
se perde toda a boiada.

Dou definição do grito porque me criei tropeando
Hoje de vida mudada vivo no disco gravando
Mas eu tenho a impressão que ouço o gado berrando
Por isso às vezes facilito e sem querer dou-lhe um grito
e gravo a letra gritando.

A resposta da pergunta sempre eu achei mais bonita
Aí pra banda do norte, aonde eu não fiz visita
Responderei pelo disco, sei que este povo acredita
Nesta minha gravação fica dada a explicação
Por que é que o gaúcho grita

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Lado A - 03 - É Assim Que Eu Sou

Intérprete: Gildo de Freitas

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Sou composto de dois lados, um é bom o outro é ruim
Não é defeito do corpo, eu gosto de ser assim
O que presta e o que não presta, terão sempre o mesmo fim
Sou ruim porque não deixo, pisarem em cima de mim

Me sinto bem como sou, a minha mania é está
Sou servidor dos amigos, sei alegrar qualquer festa
Pra defender um pequeno, eu quebro o chapéu na testa
Só uso o lado ruim, quando o caboclo não presta


Não vou atrás de fuxico, nem gosto de lero-lero
As pessoas que se humilham, são as que eu mais considero
Pra quem faz e acontece, eu lhe chamo cá te espero
Ganho bem e me governo, faço da vida o que eu quero

Não tenho medo da morte, se um dia ela vier
A natureza me trouxe, me leve quando quiser
Jamais eu dobro a espinha, pras esses tipo qualquer
Só me entrego pra carinho, quando gosto da mulher


Assim mesmo nem por elas, eu nunca fui governado
Gosto delas porque sei, cumprir meu dever sagrado
Respeito a china que eu gosto, pra também ser respeitado
E a não ser de meu pai, nunca corri de barbado

Não sou de muita confiança, nem como nada enrolado
Eu preciso dizer isso, porque ando ameaçado
Eu sou redondo e não perco pra qualquer tipo quadrado
É na hora do perigo, que eu rolo pra qualquer lado


Vou dar o meu endereço, onde o Gildo Freitas mora
No bairro da agronomia, o resto eu explico agora
Na parada vinte dois, eu atendo a qualquer hora
Sendo puro pode entrar, se não for fique lá fora
Em tambor de galo puro, mestiço não calça espora

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Lado A - 04 - Baile dos Cabeludos

Intérprete: Gildo de Freitas

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Um dia nesse passado se resolvemo a sai,
Eu o cumpadre Teixeira e o Portela Delavi
Fomo apreciar um baile que existia por ali
Um baile dos cabeludo vocês vão morre de ri

Quando cheguemo no baile foi aquele alvorosso
Os cabeludo dizendo tão de lenço no pescoço
Chego o chefe da sala e disse olha seu moço
Arretire seus amigo por que aqui não dança grosso
Que desaforo!

Foi ele me dize isso foi aquela fumaceira
Dei lhe dois tiro pra cima e o coitado do teixeira
Tinha ido sem revolve deu de mao numa cadeira
Cada burduada que dava levantava as cabeleira
Vai dando na cabeça!

E os cabeludo coriam igual oveia em rebanho
E o pobre do delavi levou um susto tamanho
Se embreto cos cabeludo dentro dum quarto de banho
Naquilo eu ouvi um grito e notei que não era estranho

Trancaro a porta por fora e tavam la naquele enredo
Eu atirei na fechadura pra descobri o segredo
Delavi passo correndo e se foi aos auvoredo
E eu ouvi aquela voz pedro para, para pedro

E o meu cumpadi Teixeira quando termino a rinha
Se agarro num cabeludo dizendo assim essa é minha
Que menina parecida com a Meri Terezinha
Fui obrigado a grita-larga o home Teixerinha
Larga que isso é home tche!

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Lado A - 05 - Dizem Que O Poeta É Louco

Intérprete: Gildo de Freitas

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Dizem que o poeta é louco
De fato eu não sou bem certo
Fui criado sem estudo
E escrevo e não me aperto
Quem escreve verso errado
Trazem pra mim que eu conserto

É isto mesmo moçada o grosso também têm vez!

Eu digo não sei bem certo
Porque não gosto de grito
Até hoje quem gritou
Pensando em fazer bonito
Eu deixei que nem criança
Chorando por pirulito

Manhoso!

Touro e cavalo velhaco
Sempre lidei com cuidado
Todo homem brigador
Com carinha de abusado
Sempre tratei com respeito
Pra também ser respeitado

O respeito impõe respeito!

Nunca gostei de brigar
Mas já briguei obrigado
Porque um homem correndo
Fica desmoralizado
Prefiro morrer com honra
Do que viver desonrado

Há ha...

Sou filho de raça pobre
Sem conhecer o conforto
Confiando e desconfiando
Sou que nem cavalo torto
Pra mudarem o meu sistema
Só sendo depois de morto

E o pau que nasce torto não se endireita rapaziada!

A mulher se amansa à beijo
Estudante eu aconselho
Fazer um pano branco
Pra agarrar um pano vermelho
O burro se amansa à espora
O covarde se espanta à relho

Vamos encerrar sem dar nenhum laçaço mais!

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Lado A - 06 - Eu Reconheço Que Sou Um Grosso

Intérprete: Gildo de Freitas

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Me chamam de grosso, eu não tiro a razão
Eu reconheço a minha grossura
Mas, sei tratar a qualquer cidadão
Até representa que eu tenho cultura
Eu aprendi na escola do mundo
Não foi falquejado em bancos colegiais
Eu não tive tempo de ser vagabundo
Porque bom gaúcho vergonha não faz

Eu trabalhava, ajudava os meus pais
Eu sempre levei a vida de peão
Porque no tempo que eu era um rapaz
Qualquer um serviço era uma diversão
Eu lidava no campo cantando pros bichos
Porque pra cantar eu trouxe vocação
Por isso até hoje eu tenho por capricho
De conservar a minha tradição.

Eu aprendi a dançar aos domingos
Sentindo o cheiro do pó do galpão
Eu pedia licença apeava do pingo
E dizia adeus assim de mão em mão
E quem conhece o sistema antigo
Reclame por carta se eu estou mentindo
São documentos que eu trago comigo
Porque o respeito eu acho muito lindo

Minha sociedade é o meu CTG
Porque nela enxergo toda a antiguidade
E não se confunda eu explico por que
Os trajes das moças não são à vontade
E se, por acaso, um perverso sujeito
Querer fazer uso e abusos de agora
Já entra o machismo impondo respeito
E arranca o perverso em seguida pra fora

Ô mocidade associem com a gente
Vão no CTG e leve os documento
Vão ver de perto que danças decente
E que sociedade de bons casamentos
Vão ver o respeito, vão ver a alegria
Vão ver o capricho desta sociedade
E ver o encanto das belas gurias
Que possam lhe dar uma felicidade

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Lado B - 01 - Sinais Dos Tempos

Intérprete: Gildo de Freitas

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O nosso tempo atual mudou de antigamente
Ora quem é que não nota nosso clima diferente
Parece até um castigo do supremo onipotente
Por que vê tanta maldade no coração desta gente
Depois da seca torrante
Veio esta chuva gigante, sai a seca entra a enchente.

Parece até fim de mundo nem os amigos se entende
Preço nem se liga mais, nem quem compre, nem quem vende
A miséria desatou-se que não há mais quem emende
As nuven de sentimento pego a chorar se desprendem
O sol também embrabece
Sob as nuvens ele desce e um raio de fogo acende.

Ao som da minha acordeona eu conto a verdade nua
Assim se vai nosso mundo, uns tão rico outros nas pua
Morando em palacete, outros morando na rua
Outros gastando bilhões para descobrir a lua
Fazem um estudo profundo
Pra descobrir outro mundo e a miséria continua.

Vamos ser mais religiosos e pensar todos iguais
Que a bíblia sagrada marca que há muitos anos atrás
Se desfez o mundo em água e já deu alguns sinais
E se Deus não ouve reza
Embrabece nos despreza e não endireita mais

E o resultado é morrer
E depois o que vão fazer de tamanhos capitais

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Lado B - 02 - Definição Das Pilchas

Intérprete: Gildo de Freitas

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Senhores este barulho, que estao ouvindo agora
Que faz esse trintrintin é a roseta das espora
Pois tem muita serventia e a muito ate me destrai
E a minha espora so sai quando eu tiro a bota fora

Esse aqui é o tirador pra peoes e capataz
Quando se laça de apé se deita o corpo pra traz
Pilcha de muito valor sempre atada na cintura
Pra livrar a queimadura do golpe que o laço faz

Esse aqui é o cinturao, muitos chamam de guaiaca
Onde guardo o cruzeiro, mas já guardava o pataca
Vai preso no mesmo cinto, mais um casal que resolve
O velho amigo revolve esposo da velha faca

Faca veia cortadeira,revolve fabricante de defunto!!

Esse aqui é o chapéu de aba e de barbicacho
Pra o sol não bate nos olhos se dobra as aba pra baicho
Esse pano no pescoço não vão pensar q é gravata
É o lenço que a gente ata em pescoço de índio macho

Índio de fala fina não pode amarra lenço!!

Esse aqui é o pala branco que deito em cima da blusa
É um enfeite do trage que todo gaúcho usa
Já tem o nome na historia por ser trage de respeito
Que o mais perverso sujeito admira e não abusa

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Lado B - 03 - Sonhei Que Fui ao Céu

Intérprete: Gildo de Freitas

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Esta noite eu tive um sonho
Que no paraíso entrei
Eu vou contar pra vocês
Tudo o que lá encontrei
Quem morreu há muito tempo
No paraíso eu achei
Que sonho lindo e gostoso
Eu vi o Ignácio Cardoso
Com uma coroa de Rei
Perguntei o que era aquilo
O xirú me respondeu
Lá na terra eu trovei muito
Nunca ninguém me venceu
E Deus escutava as trovas
E tudo o que aconteceu
Gosto do meu improviso
Me trouxe pro paraíso
E essa coroa me deu

Eu vou indo pra uma festa
Por isso então te pergunto
Se tu queres ver de novo
A alma de algum defunto
Que cantavam lá na terra
Cantam aqui no meu conjunto
Aqui ninguém é tristonho
Já que vieste aqui no sonho
Te prepara e vamô junto
Dali fumos caminhando
Entramos em um salão
Vi Jesus Cristo sentado
Recebi sua benção
Era um palco só de ouro
E ali foi dada a função
Num gesto muito amoroso
Foi começando o Cardoso
A sua apresentação

E o Darci Reis Nunes junto
Fazendo a apresentação
Falando assim deste jeito
Um momento de atenção
Vamos receber com palmas
Zé Mendes e o violão
E recebendo estas palmas
Leva alegria pras almas
Cantando a integração
Até o garoto de ouro
Que fazia uma semana
Que tinha chegado lá
Com uma roupa mexicana
Cantou versos pra platéias
Acharam muito bacana
Como é lindo o outro mundo
E entrou Pedro Raimundo
Cantando Adeus Mariana

Têm sonho que dá prazer
E outro sonho desgosta
Falou o Darci Reis Nunes
Vou fazer uma proposta
Pra nois ouvir uma trova
Sei que a Santidade gosta
Foi outra salva de palmas
Trovaram então duas almas
O Cardoso e o Paulo Costa
Que sonho bonito meu
Juro por deus que gostei
Toda a saudade que eu tinha
Naquele sonho eu matei
Queriam até que eu ficasse
E com eles concordei
Porque gostei do programa
E nisso cai da cama
E na mesma hora acordei

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Lado B - 04 - Cinco Comparações

Intérprete: Gildo de Freitas e Carlos A. M. Pereira

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Sou gaúcho e me comparo com uma argola de laço
Saio da mão do patrão me esparramando no espaço
Voar na guampa do bicho sem receber um chifraço
Eu tenho outros valores sou o rei dos trovadores
não é só isso que eu faço

Eu também sou que nem faca na mão do homem valente
Que para certos contrários se torna meia imprudente
Se vai trocando de mão e avançando pra frente
É a chave de respeito e abre a porta
no peito do coração do vivente

Também sou que nem revolver marca do lado direito
Que anda sempre azeitado para sinal de respeito
Arma forte e perigosa no coração do sujeito
É marca grande sem medo
que só no puxar do dedo já deixa um defunto feito

Eu também sou que nem cachorro amigo de estimação
Que o dono dorme no leito e seu amigo no chão
E nas horas de perigo está sempre em prontidão
E pouco se considera que ele avance
numa fera pra defender seu patrão

Também sou que nem a cinta que foi feita pra servir
A companheira da calça que o homem tem que vestir
Para qualquer um lugar que o homem tiver que ir
Ela aperta na barriga em qualquer susto de briga
não deixa a calça cair

Mas também sou um poeta que trouxe um dom natural
Que faz da memória um canto e faz do verso bagual
Com debelaria de touro tratado na capital
Já vivem trocando orelha pra ver se fazem parelha,
mas porém não fazem igual

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Lado B - 05 - Nós Somos Todos Iguais

Intérprete: Gildo de Freitas

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Delicado eu sempre fui
Pra quem tinha boa fé
Tenho ganhado questões
Só Deus sabe como é
A verdade é minha capa
Também nunca dei um tapa
Que o índio ficasse em pé

Foi cousas que se passaram pela minha mocidade
Quem tem meu temperamento vive por casualidade
Já nasci pra ser assim e troxe dentro de mim o gesto da autoridade


E pra ser autoridade
é preciso ter respeito
E também não se assustar
Do rompante do sujeito
Eu não carrego bagagem
E o homem que tem coragem
A morrer é mais atreito

No tempo do lá vai facão
Sempre fui um gaúcho bueno
Quantos brancos não dançavam
Nesses salões de moreno
De vereda já brigava na entrada
Para não perder o treino
Eu gostava desses bailes
Porque a entrada era barata
Meu sangue é de português
Sempre gostei de mulata
E elas me admiravam sorriam
Me arrodiavam por eu ser solto das patas


E eu terminava dançando
E a chinas achando graça
Eu acho que preto e branco
São feitos da mesma massa
Hoje é mansa a mocidade
Existe facilidade
Pra fazer cruza de raça

Hoje o preto e o moço branco
Tem o viver mais perfeito
Estudam na mesma aula
Não existe o preconceito
Hoje sem haver vexame
Passam pelo mesmo exame
Se formam do mesmo jeito

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Lado B - 06 - História Dos Passarinhos

Intérprete: Gildo de Freitas e Palmeira

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Eu destinei um passeio
Domingo muito cedinho
Peguei o meu violão
E fui pro mato sozinho
Descobri uma figueira
Com os galhos cheios de ninhos
E passei a manhã inteira
Em baixo dessa figueira apreciando os passarinhos

Como eu tava achando lindo
O viver dos passarinhos
Se via perfeitamente
Vir com a fruta no biquinho
Se via quando eles davam no bico do filhotinho
E eu ali estava entertido
Com o viver tão divertido da vida desses bichinhos

Depois veio o negro velho e também trazia um negrinho
E este tinha uma gaiola e dentro dela um bichinho
Perguntei que bicho é este
Diz ele esse é um canarinho
Com este bicho que está aqui
Nas florestas por aí eu caço qualquer passarinho
Cantava que redobrava
Aquele pobre bichinho
Parece até que dizia: É triste eu viver sozinho...
Só porque eu fui procurar comida pros filhotinhos...
E fui tirar desse alçapão...
Hoje eu estou nessa prisão e nunca mais fui no meu ninho

Aí eu fui recordando o que já me aconteceu
A muitos anos atrás que a polícia me prendeu
O juíz me condeno e depois de mim se esqueceu
E eu pelo rádio escutava quando os colegas cantava e aquilo me comoveu
Então eu fui perguntando quanto quer pelo bichinho
Respondeu ele eu não vendo
Eu cacei pra o meu filhinho
Porém saiu uma voz da boca do gurizinho
E a gaiola custo dez quem me der vinte mil réis pode levar o passarinho

Comprei com gaiola e tudo para evitar discusão
E fui abrindo a portinha
E abrindo meu coração
E o bichinho foi saindo
E eu peguei meu violão
E num versinho eu fui dizendo
O que tu estava sofrendo eu já sofri na prisão
Quem vai caçar de gaiola
Pra ver os bichos na grade
Deveria ser punidos pelas mesma autoridade
Porque o coração dos bichos
Também conserva amizade
O lei tu faça o que puder
Mas os bichos também quer ter a mesma liberdade

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