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Desafio do Padre e o Trovador

Gravadora: Musicolor/Continental - 1966 - LPK-20.091


Músicas

Lado A - 01 - Desafio Do Padre Rubens Pilar

Intérprete: Gildo de Freitas e Padre Rubens Pilar

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Leia a Letra

Atenção senhoras e senhores
teremos agora o desafio
do padre Rubens Pillar
com o trovador dos pampas
Gildo de Freitas


-O meu legado de padre
Sei que todo povo aceita
Estou bem acompanhado
Cantando com Gildo Freita
E o povo têm confiança
Que a trova será direita

-Ai que a trova será direita
Eu também fico satisfeito
De vim trovar com um padre
Fazendo os versos direito
És mensageiro de Deus
Merece todo o respeito

-Merece todo o respeito
Nós somos dois mensageiros
Tu vem trazendo a mensagem
No linguajar dos campeiros
Na tradição do Rio Grande
Os corações dos brasileiros

-Pra os corações dos brasileiros
E a tua voz se alevanta
Tu hoje rezaste a missa
E rogaste ao pé da santa
Viste mostrar ao povo
Que tu reza e também canta

-Que eu sou padre e também canto
E admiro a natureza
Deus admira a alegria
Eu disto tenho certeza
Se todo mundo cantasse
Não existia tristeza

-E não existia tristeza
E de fato não existia
É por isso é que eu pego a gaita
E canto todos os dia
No coração do gaúcho
A tristeza não se cria

-A tristeza não se cria
E de fato não convém
Me responda Gildo Freita
Sei que te conheço bem
Se és solteiro se és casado
E qual a religião que têm

-Sou casado pai de filhos
E vou contar o meu batismo
Me batizei pelo padre
Na lei do catolicismo
Mas conheço saravá
Também o espiritismo

-E também de espiritismo
Já me deste informação
Por ires ao saravá
Não deixas de ser cristão
Tu podes vim a ser padre
Na futura encarnação

-Ai na futura encarnação
A gente vem deferente
E eu quero andar de batina
Batizando os inocente
E tu vai vim pai de santo
Com forte médium e vidente

-Se eu vier médium e vidente
Conforme tua analisa
Eu vou seguir dando os passe
Nessa gente que precisa
E tu no papel de padre
Casa, confessa e batiza

-Eu caso, confesso e batizo
E recebo a ordem do além
E tu cuida o saravá
Que aquilo eu conheço bem
Receba só guias bons
Não faça mal a ninguém

-Não faça mal a ninguém
Mesmo eu tendo pra isso
Fazer o bem eu consinto
De fazer mal eu desisto
Porque devemos seguir
As leis sagradas de Cristo

-Ai as leis sagradas de Cristo
Que tanto sofreu na cruz
E as almas sofredoras
Que andam nas trevas sem luz
Hão de achar o caminho
Chegar ao pés de Jesus

-Chegarão aos pés de Jesus
Pra ele pedir perdão
Que seria perdoado
E ganhava a salvação
E isto só se adquire
Por meio da religião

-Ai por meio da religião
Que é tudo na nossa vida
Agora chegou a hora
De fazer a despedida
E deixar o nosso abraço
A esta gente querida

-A está gente querida
A este povo amigo
Me foi o maior prazer
Ter esta trova contigo
Uma trova com respeito
Com outro eu não consigo

-Ai com um outro eu não consigo
Tu me responsabiliza
Fazer trova com respeito
É cousa muito precisa
O povo aproveita mais
E as trovas se moraliza

-E a trova se moraliza
E que gostaram eu garanto
Rezando na minha igreja
Todo este povo eu levanto
Me despeço de vocês
Pai, Filho e Espírito Santo

-Pai e Filho e Espírito Santo.
E o amém das multidões
E eu peço um raio de luz
Para todas as religiões
Que conserve esta alegria
Hoje em todos os corações

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Lado A - 02 - Levante os olhos menina

Intérprete: Gildo de Freitas

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Menina quando eu te vi eu compreendi a tua vida
E notei no teu olhar que tu vive aborrecida
Tu deste algum passo errado hoje vive constrangida
Porém agora é preciso você sentar o juízo
Não viver desiludida

Eu vou te dar um conselho como é que a gente faz
Não vá atrás de promessas de conversas de rapaz
Tu precisa um casamento pra dar prazer pra os teus
pais
Menina tu te domina levante os olhos menina
E não procure errar mais

Tu procuras compreender tudo o que o meus verso diz
Ti confessa lá contido de fato este erro eu fiz
Deus te ouve a confissão porque é nosso juiz
Toma isto como prece tu vai ver como aparece
Quem te faça ser feliz

Porém agora é preciso você não fazer loucura
Porque a tristeza só leva a gente pra sepultura
Levante os olhos menina tenha consciência pura
Se livre da vida baixa porque na vida se acha
Aquilo que se procura

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Lado A - 03 - Definição do grito

Intérprete: Gildo de Freitas

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Uma vez num outro estado me pediram informação
Pelo quê que no Rio Grande todo gaúcho é gritão
Bem ali no pé da letra já lhe dei explicação
São tradições do estado pra quem foi acostumado
a gritar com a criação.

Assim mesmo não são todos do falar agritalhado
O gaúcho da cidade tem o falar moderado
Na campanha é que há razões de falar mais alterado
Isto são coisas da vida pra quem se criou na lida sempre
gritando com o gado.

Quem se criou na campanha saltando de madrugada
Obedecendo o patrão e pondo a tropa na estrada
Quem quiser ver coisa feia é uma tropa estourada
É ali que eu acredito que a gente não dando uns grito
se perde toda a boiada.

Dou definição do grito porque me criei tropeando
Hoje de vida mudada vivo no disco gravando
Mas eu tenho a impressão que ouço o gado berrando
Por isso às vezes facilito e sem querer dou-lhe um grito
e gravo a letra gritando.

A resposta da pergunta sempre eu achei mais bonita
Aí pra banda do norte, aonde eu não fiz visita
Responderei pelo disco, sei que este povo acredita
Nesta minha gravação fica dada a explicação
Por que é que o gaúcho grita.

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Lado A - 04 - Sinais do tempo

Intérprete: Gildo de Freitas

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O nosso tempo atual mudou de antigamente
Ora quem é que não nota nosso clima diferente
Parece até um castigo do supremo onipotente
Por que vê tanta maldade no coração desta gente
Depois da seca torrante
Veio esta chuva gigante, sai a seca entra a enchente.

Parece até fim de mundo nem os amigos se entende
Preço nem se liga mais, nem quem compre, nem quem vende
A miséria desatou-se que não há mais quem emende
As nuven de sentimento pego a chorar se desprendem
O sol também embrabece
Sob as nuvens ele desce e um raio de fogo acende.

Ao som da minha acordeona eu conto a verdade nua
Assim se vai nosso mundo, uns tão rico outros nas pua
Morando em palacete, outros morando na rua
Outros gastando bilhões para descobrir a lua
Fazem um estudo profundo
Pra descobrir outro mundo e a miséria continua.

Vamos ser mais religiosos e pensar todos iguais
Que a bíblia sagrada marca que há muitos anos atrás
Se desfez o mundo em água e já deu alguns sinais
E se Deus não ouve reza
Embrabece nos despreza e não endireita mais

E o resultado é morrer
E depois o que vão fazer de tamanhos capitais.

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Lado A - 05 - Quero ver minha mãe

Intérprete: Gildo de Freitas

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É triste, mas é verdade

Vai versinho pelo mundo procurar Dona Leci
Entra por todos recantos que neste mundo existi
E diga que a filha dela, a Eva menina aquela
Está mocinha donzela, apareca por aqui

Vem Leci ver a tua filha

Aquela que tu deixaste com oito meses de vida
Mora em Pelotas com a vó, na mesma localidade
Ela é muito caprichosa, caritativa e estudiosa
Mas por ser muito amorosa, conhecer-te tem vontade

Ora, quem é que não tem vontade de conhecer mamãe)

Um casal se separaram isso é cousa que acontece
E a mãe que quer bem seu filho de volta volta aparece
A Eva tem doze anos nesse destino tirano
Rezando e faz planos que ainda te conhece

Não são esperanças perdidas

O Leci se eu fosse tu, por Deus do céu como eu vinha
No rancho da tua sogra conhecer tua filhinha
Ela é fruto do teu ser tu precisas compreender
E dar a ela o prazer de conhecer a mãezinha

O Leci presta atenção que versinho comovente
Ela já te viu em sonho sentiu-se feliz contente
Ela contou, eu sonhei que vi mamãe e beijei
Mas depois que me acordei fiquei triste novamente

Já está com doze anos só tu vendo que beleza
Almoça pensando em ti na cabeceira da mesa
Na igreja ela faz prece só porque não te conhece
Mas se a Leci aparece termina toda a tristeza

Vem Leci ver a tua filha

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Lado A - 06 - Abre o olho rapaz

Intérprete: Gildo de Freitas

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Teixeira anda dizendo que quando matei uma jibóia
eu entrei pela boca da cobra e sai lá nem sei por
donde seu


Essa história de jibóia
Que o Teixeira tem contado
Que a jibóia me engoliu
Mas não foi por descuidado
Ela abriu-se eu saltei dentro
Depois cheguei lá no centro
Pra descansar um bocado
Mas naquela mesma hora
Ela abriu-se eu saltei fora
Mas, porém do mesmo lado

Comigo não têm esse negocio de entrar em picada e
procurar atalho seu)


O Teixeira não te mete
Fazer o que o Freitas faz
Tu nem deve de chegar
Perto desses animais
Pode alguma sucuri
De lá sai e te engoli
Tu abre o olho Rapaz
Já na entrada tu cai
Depois o senhor não sai
Nem por diante e nem por traz
Não te mete Teixeira!

Tu deixa pra o Gildo Freitas
Que é de raça destemida
E a minha carne por cobra
Ainda não foi mordida
Coragem eu tenho de sobra
Não é a primeira cobra
Que eu já deixei sem vida
Eu não sou o Teixeirinha
Que enxerga qualquer cobrinha
Corre fazendo ladainha

E agora Teixeirinha
Vou botar banca pra ti
Se na outra encarnação
Você vier cobra pra qui
Não venha com idéia louca
De vir abrindo a boca
Pensando de me engoli
Tu abrindo a boca eu entro
Mas vou de espora pra dentro
Que é só pra judiar de ti
E de depois que eu te judiei
Eu vou sair por onde entrei
Que é pra ver o povo rir...

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Lado B - 01 - Cinco Mulheres

Intérprete: Gildo de Freitas

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A primeira mulher que eu gostei
Eu amei e ela não me amou
Por aquela eu sofri eu chorei
E ela por mim ainda nunca chorou
A segunda mulher que eu gostei
Por ciúmes não vivemos em paz
A mulher ciumenta é um perigo
De tudo na vida se acha capaz

É bonito a gente gostar
Mas precisa ser correspondido
Pra depois não ter que chegar
A sofrer os trechos que tenho sofrido
E por isto não sei se te amo
Eu estou ainda te estudando
Se errares comigo reclamo
E parto sorrindo e tu fica chorando

A terceira mulher que eu gostei
Era linda em bem carinhosa
Eu daquela eu também deixei
Por não aturei por ser muito teimosa
E a quarta também foi se embora
Em amor não tivemos proveito
E a quinta é você agora
Que ainda eu não sei se amamos direito

É bonito a gente gostar
Mas precisa ser correspondido
Pra depois não ter que chegar
A sofrer os trechos que tenho sofrido
E por isto não sei se te amo
Eu estou ainda te estudando
Se errares comigo reclamo
E parto sorrindo e tu fica chorando

Por que toda mulher de hoje em dia
Quer ter a mania de se governar
Por isto é que eu acho
Casório um problema
Pois esse sistema comigo não da
Elas nascem pra ser governada
Depois de casada ou antes de ser
Por isto elas casam e recebem outro nome
Que o nome do homem que ela escolher

É bonito a gente gostar
Mas precisa ser correspondido
Pra depois não ter que chegar
A sofrer os trechos que tenho sofrido
E por isto não sei se te amo
Eu estou ainda te estudando
Se errares comigo reclamo
E parto sorrindo e tu fica chorando

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Lado B - 02 - História do Manuelito

Intérprete: Gildo de Freitas

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Eu sou cria de São Borja
Do rico torrão vermelho
Sou Manuelito Rodrigues
Minha vida é um espelho
Fui rico e passei miséria
Sirvo até pra dar conselho
Meu pai grande fazendeiro
Eu fiz muita extravagância
Me agradei da boêmia
Pela minha ignorância
Botei o que tinha fora
E abandonei a estância

Casei em família boa
Com uma rica menina
Eu cheguei a acreditar
Na grande força da sina
Até troquei o meu lar
Por farras e jogatinas
Mais tarde peguei a ver
A áugua no sirigote
Fui trabalhar de empregado
Devendo e dando pinote
Para cada santo uma vela
Pra Deus devia um pacote

Amigo tive bastante
Só quando eu tinha dinheiro
Porém depois de pelado
Que caí no desespero
Fiquei assim que nem velho
Que sempre viveu solteiro
Mas houve alguém que um dia
Chamou meu pai e contou
Os trabalhos que eu passei
E o velho então me chamou
E assim serenamente
O velho me perguntou:

-O Manuelito meu filho
Teu viver como se vai?
-Tô que nem áugua de poço
Que se não tiram não sai
Pra me tirar da miséria
Só você mesmo meu pai
E o velho então respondeu:
-Menino você compreenda
Que um homem hoje não pode
Viver mais de pouca renda
Agarre juízo e volte
E tome conta da fazenda

Sou Manuelito Rodrigues
Mas hoje eu tenho juízo
Transformei a minha vida
De inferno pra o paraíso
Quero dar lucro a meu pai
E não dar mais prejuízo
Hoje vivo na fazenda
Ouvindo o berro dos bichos
Jogatina e boemia
Hoje eu considero vicio
Eu quero que o povo diga
O rapaz criou capricho

Lá na fazenda São Roque
O serviço me distraí
Hoje o dinheiro que eu ganho
Em jogatina não vai
Garanto que desta vez
Vou dar prazer pra o meu pai
O Manuelito Rodrigues
Fiz estes versos para ti
Também vai o meu abraço
Lá pra o Itacurubi
E avisa esses Dornelles
Que eu breve vou por ai

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Lado B - 03 - Conformação de filho

Intérprete: Gildo de Freitas

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Oh minha mãe tu morreste
Mas eu estou conformado
Por que oitenta e três anos
Neste teu viver cansado
Era de justo que Deus
Te fizesse este chamado
Para que fosse ocupado
U teu lugar reservado
Um lugar que cristo reserva
Para quem não tem pecado

A velhice é quem te leva
Com oitenta e três de idade
Fostes pobre de conforto
Fostes rica de bondade
Para teus filhos e netos
Tu fez tanta caridade
Hoje recebe as caricias
Da divina santa idade.

(declamado)
Minha mãe eu me conformo
Resistirei sem chorar
Tu tens esposo tens filhos
Que já te esperam por lá
Com uns anos nos se encontramos
Todos no mesmo lugar


Ao deitar sempre recordo
Que tu querida mãezinha
Todas noite tu rezavas
Pelos filhos que tu tinhas
Quem reza pelos seus filhos
Ao próprio Deus a acarinha
Por isso Deus te chamou
Pra dele tu ser vizinha
Vai ser amiga de Deus
Que em tantos anos foi minha
Entreguei pra Jesus Cristo
Toda a fortuna que eu tinha.

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Lado B - 04 - Despedida do Rio Grande

Intérprete: Gildo de Freitas

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Até a volta gauchada amiga
Deste Rio Grande com encantos mil
Eu vou sair e levar as belezas
Destas canções por todo o Brasil
Eu vou sair em direção ao norte
E boa sorte pra o meu céu de anil

Tenho certeza que num outro Estado
Quando ouvirem a nossas canções
O que é tristeza vai ficar de lado
Vai alegrar vários corações
Fazendo uso da simplicidade
Por que a amizade me vale milhões

Viver andando no Brasil inteiro
Eu sou gaúcho eu tenho vontade
Pra ver os feitos que o Pai verdadeiro
Deixou no mundo e deu liberdade
De admirar todas essas belezas
Que a natureza deu pra humanidade

Eu vou levando a vida de Aragano
Pelo Brasil eu só levo alegria
Pra ver a serra e a água do oceano
E as beleza que esse mundo cria
Todos da Terra não fazem em cem ano
O que o Pai soberano fez em sete dia

Por isso eu peço que Deus me ajude
Para eu cantar por este mundo além
Que eu tendo força amizade e saúde
Não me interessa eu ter um vintém
Basta o contato com a natureza
E ver as belezas que esse mundo tem

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Lado B - 05 - Não posso dizer teu nome

Intérprete: Gildo de Freitas

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Eu gostei muito de uma gauchinha
Mas a marvada é comprometida
Presta gaúcha um dia ser minha
Arriscarei a minha própria vida
Eu também sou homem comprometido
Mas tou resolvido por você querida.

Você querendo eu também quero
Que fica tudo entre nossas mão
Eu fiz uns versos e agora espero
Para saber a vossa solução
Você não deve di embrabecer
I se responder se ta bem ou não.

Eu dou um jeito numa morada
Num rancho simples de beira ou chão
Ponho um cachorro numa picada
Pra da sinal de alguma traição
Levo a prateada i o meu revolver
Que é o que resolve a situação.

Levo o tostado de montaria
Para servir de nossa condução
Vai ser tratado na estrebaria
Levo a cordiona ou violão
E se de fato você me gosta
Mande a resposta se vai ou não.

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Lado B - 06 - Mula preta

Intérprete: Gildo de Freitas

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Há três coisas em meu poder que eu não vendo pra ninguém
Eu tenho uma mula preta que poucos gaúcho tem
Eu tenho a minha chinoca que estimo e quero bem
E tenho a minha cordiona que quando toco apaixona
certas chinoca de alguém

Por causa dessas três coisas tudo no mundo eu arrisco
A china por que se assanha quando declara eu belisco
A mula é lá de alegrete que eu ganhei do seu Francisco
E quem achar que é boato querendo ver seu retrato olha
na capa do disco

Ela é preta bico branco tem sete palmo de altura
Minha gaita é todeschini sempre alegria procura
E a chinoca que eu tenho foi criada sem pintura
É linda minha chinoca que até no andar provoca o olhar
das criatura

Mas provoca sem querer não é que tenha esperteza
É que de longe se vê toda sua boniteza
De mim da mula e da gaita a chinoca é a princesa
Sou feliz com estas três coisa com a gaita a mula e
esposa completei minha riqueza.

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